ENTREVISTA: Kelly Shaefer, do Atheist

Horns up! O líder do Atheist no palco, com sua inseparável bandana (Foto: Metal Maniac)

por Nilo Vieira

Desde a estreia com Piece of Time, o Atheist se mostrava como uma banda à frente de seu tempo. A abordagem técnica, com influência latente do rock progressivo, se tornaria muito influente no death metal. Nem mesmo problemas com doenças, membros mortos em acidentes de carro e um hiato de mais de dez anos conseguiram diminuir o legado da banda. Com a primeira turnê da banda pela América do Sul prestes a começar, conversei com o vocalista Kelly Shaefer sobre sua relação com o Brasil, empreitadas no cinema e death metal em geral.

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ENTREVISTA: Beelzeebubth, do Mystifier

Black metal brasileiro: no palco com o Mystifier (Foto: Poplawski)

Belo Horizonte é, com justiça, sempre apontada como centro importante para o cenário metálico brasileiro. Mas é claro que um cenário tão rico não se limita à capital mineira, como bem atesta o Mystifier. Fundado em 1989 por Armando “Beelzeebubth”, a banda (hoje trio) saiu de Salvador para conquistar o underground mundial e segue até hoje cativando fãs de diferentes formações musicais. Já desembarcado em São Paulo e prestes a iniciar turnê, conversei com ele sobre o novo álbum Protogoni Mavri Magiki Dynasteia, a trajetória do grupo, política e muito mais. Agradecimento especial ao nobre amigo jornalista Matheus Fernandes com a pauta!

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DOS CONFINS: Dripping – Disintegration of Thought Patterns During a Synthetic Mind Travelling Bliss (2002)

Capa da prensagem original (Reprodução)

por Nilo Vieira

Se bandas temáticas que versam sobre drogas fora do subgênero stoner já são um tanto raras, pode-se considerar o Dripping uma anomalia. A banda, apelidada de “New Jersey drug metal” por eles mesmos, priorizava blast beats, brutalidade e substâncias sintéticas – ao passo em que até outras exceções, como o Cephalic Carnage e o Cannabis Corpse, possuem a maconha como droga de escolha. As peculiaridades não param aí e, mais de quinze anos após o lançamento, o primeiro álbum do trio segue excêntrico até mesmo para os padrões de status cult.

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ENTREVISTA: Stephen O’ Malley, do Sunn O)))

O músico na Catedral da Sé (Foto: Anna Paula Bogaciovas)

por Nilo Viera

Este tem sido mais um ano agitado para o Stephen O’ Malley. Seja administrando o selo Ideologic Organ, fazendo turnês com o Sunn O))) (que lançou álbum mês passado e tem outro previsto para sair ainda em 2019) ou tocando solo, o guitarrista de Seattle que hoje vive em Paris está sempre em movimento. Tive a oportunidade de conversar com ele sobre esses projetos e muito mais, antes de sua apresentação no SESC Paulista – uma produção da Desmonta e Artéria.

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ENTREVISTA: Alexis Marshall, do Daughters

Alexis Marshall no Fabrique em São Paulo
Em ação no Fabrique, em São Paulo (Foto: Fernando Yokota)

por Nilo Vieira

Quem perdeu o Daughters ontem (12/05), em São Paulo, pode lamentar. Não chegamos nem na metade do ano, mas já dá pra cravar o show produzido pela Balaclava entre os melhores de 2019: a banda estadunidense estava enérgica, e o público presente no Fabrique respondeu. Moshs que eclodiam do nada, stagedives desastrosos, pessoas alucinadas cantando com todo (ou nenhum) pulmão possível e uma maré de gente tentando encostar no chefe de cerimônias da noite, o vocalista Alexis Marshall.

Sua presença é hipnótica por sua imprevisibilidade. Se pendura em estruturas de ferro, agarra outros membros da banda repentinamente, faz performances com saliva e surfa pela plateia. Fora do palco, porém, Marshall é um sujeito centrado e de fala tranquila. Tive a oportunidade de conversar com ele antes do show. Confira abaixo.

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