ENTREVISTA: Kristin Hayter, (d)a Lingua Ignota

Tu duvidas de mim, traíra? Uma das mil (!) fotos feitas para o novo ciclo (Foto: Kristin Hayter/Instagram)

por Nilo Vieira

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Alexis Marshall (vocalista do Daughters e nosso primeiro entrevistado!), foi direto ao ponto: “ela está realizando coisas importantes com sua música“. Foi como conheci Kristin Hayter e seu projeto, Lingua Ignota. A mistura de música erudita com death industrial de All Bitches Die (2017) cativou por seu tom visceral, ampliado em performances ao vivo. Com letras versando sobre um relacionamento abusivo da própria artista, a repercussão emocional do público também foi grande – não era incomum ver pessoas em lágrimas após os shows. CALIGULA, lançado este mês pela Profound Lore, soa como um triunfo no mesmo tom em que escancara as cicatrizes de outrora. Conversei com Hayter sobre o excelente novo álbum, sua trajetória nas artes e mais.

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CRÁSSICO DOS CONFINS: Skepticism – Stormcrowfleet (1995)

Sweet is the air under the forceful wings (Foto: Reprodução)

por Nilo Vieira

Se o doom metal nunca foi exatamente popular, a Finlândia tratou de estreitar as raízes do subgênero com o underground na década de 90. A melancolia de nomes como My Dying Bride e Katatonia foi elevada a outro patamar, com ritmos arrastados e esparsos. O trio Thergothon foi o primeiro a lançar material, mas foi o Skepticism que solidificou o estilo, de vários modos. Tudo isso começou com Stormcrowfleet, lançado em 1995 pelo selo estadunidense Red Stream, Inc.

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ENTREVISTA: Victor Miranda, do Surra

Da esquerda para a direita: Guilherme Elias, Leo Mesquita e Victor Miranda (Foto: Estevam Romera)

por Nilo Vieira

Dos principais nomes do hardcore nacional desta década, o Surra atingiu seu ápice com Escorrendo pelo Ralo. Lançado em maio de 2019, o álbum mostra a maturidade lírica e musical do trio – são dezessete faixas em meros trinta minutos. No meio de uma turnê, o baterista Victor Miranda conversou conosco sobre o disco novo, posicionamento político e gêneros além do rock. Confere aí!

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ENTREVISTA: Tantão e Os Fita

Da esquerda para a direita: Cainã, Tantão e Abel, o trio parada dura (Foto: @otimokarater)

por Nilo Vieira

Antes do Zeal & Ardor fechar as atividades do Dogma Festival no último sábado, três cariocas fritaram os neurônios do público no SESC Pompeia. Houve, claro, quem estranhasse: fora o interesse pela experimentação, a proposta do Tantão & Os Fita não possui muito em comum com black metal blueseiro de Manuel Gagneux. Este, aliás, os definiu como “o Death Grips brasileiro” após nossa conversa. Não foi o único a usar tal descrição naquela noite.

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ENTREVISTA: Manuel Gagneux, do Zeal & Ardor

Satanás humilha Jesus: com o ferro utilizado para marcar a pele de fãs – até o momento, apenas oito doidos se dispuseram a tal insanidade gratuita (Foto: Reprodução)

por Nilo Vieira

Começou quase como uma brincadeira. O músico suíço-americano Manuel Gagneux viu a sugestão de mesclar “música negra” com black metal no 4chan, gostou da ideia e criou o Zeal & Ardor – onde escreve e grava todos os instrumentos, exceto a bateria. Lançou Devil is Fine (2016) sem grandes pretensões no Bandcamp e, em questão de meses, virou fenômeno no underground. Esse status apenas cresceu após o novo álbum, Stranger Fruit (2018), com aclamação crítica e turnês mundiais ao lado de bandas consagradas. Bati um papo com Gagneux antes do show do Zeal & Ardor no Dogma Festival, em São Paulo.

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ENTREVISTA: Douglas Germano

Joga de terno: o músico em ação (Foto: Rafael Frydman)

por Nilo Vieira

Em maio, Douglas Germano lançou seu terceiro álbum solo. Mas o sambista paulistano está na estrada há muito mais tempo do que tal número possa sugerir, e a experiência é palpável no ótimo Escumalha (disponível em CD no selo Boca de Lobo). Bastante assertivo, o compositor conversou conosco sobre o novo trabalho e suas inspirações. Não deixe de vê-lo ao vivo se puder (acompanhe a agenda aqui), e agora desça a barra aí!

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CRÁSSICO! Guided by Voices – Bee Thousand (1994)

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It’s a thing I believe in: a capa da obra-prima do Guided by Voices (Foto: Reprodução)

por Nilo Vieira

Era pra ser o último disco do Guided by Voices. O grupo já havia pendurado as chuteiras em 1992, mas um convite do selo Scat Records convenceu o líder Robert Pollard a mudar de ideia. O interesse popular seguia baixo, a formação da banda não era estável. Última tentativa, na forma de trinta e três canções.

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ENTREVISTA: João “Kombi” Silveira, do Test

Bateu: Barata (esquerda) e João, a dupla que compõe o Test (Foto: Chris Justtino)

por Nilo Vieira

Carregar equipamento na Kombi, estacionar na porta de shows e tocar ali mesmo, na rua. Se apresentar no formato de big band. O que mais faltava para o Test inventar? A resposta veio com O Jogo Humano, um álbum lúdico. Literalmente: a intenção é que cada ouvinte forme sua própria tracklist e forme composições novas com as faixas. Conversei com João, vocalista e guitarrista do duo de grindcore, sobre essa maluquice toda. Ah, você pode baixar o álbum aqui. Dê play e desça o navegador aí!

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CRÁSSICO! Joy Division – Unknown Pleasures (1979)

Déja vu: a conhecida figura é um medidor de pulsos da morte de uma estrela (Foto: Reprodução)

por Nilo Vieira

No último dia 15, a estreia do Joy Division completou quarenta anos de idade. Tal comemoração soa mais como mera formalidade do que resgate cultural. Desde 1979, Unknown Pleasures parece nunca ter saído de pauta, seja pelo mito trágico acerca do vocalista Ian Curtis ou pela icônica capa ter sido cooptada pela indústria da moda (por grandes estilistas até lojas de rede) ao ponto de se tornar meme. A música acaba relegado ao segundo plano das discussões.

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ENTREVISTA: Felipe Tofani, (d)o muqdisho

por Nilo Vieira

O designer Felipe Tofani, natural de Belo Horizonte, começou a se aventurar na música como baterista de bandas de punk e metal. Hoje mora em Berlim, e experimenta com loops de fita e dark ambient sob o pseudônimo de Muqdisho – sua proposta mais recente é lançar um álbum a cada 135 dias. Conversamos sobre as inspirações por trás do projeto, o processo de criação artística e mais. Desce o navegador aí!

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